Girls 20 Summit: o que meninas podem ensinar ao mundo?

10:57:00 Adriana Lara 2 Comments

Congresso aconteceu em Sydney, na Australia
Se você pensa que um encontro de meninas é formado apenas por fofoca, roupas, sapatos, maquiagem...pensou errado! Tem menina se engajando para mudar a própria vida, ficar mais independente e fazer a diferença na comunidade, no país e até no mundo!
Nos dias 25 e 26 de Agosto aconteceu na Austrália o Girls 20 Summit, um congresso que, seguindo o mesmo viés do encontro mundial de líderes do G20, reúne 24 representantes (uma menina de cada país do G20 e mais representantes dos sindicatos africanos e do Oriente Médio) para discutir engajamento econômico feminino.
O evento foi sediado na Opera House, um dos pontos turísticos mais famosos e prestigiados de Sydney, e contou com diversos palestrantes ilustres – profissionais de diversos países, experts nas áreas prioritárias de discussão dos líderes do G20: temas como emprego e mercado de trabalho, sustentabilidade, infraestrutura, e a relação entre saúde mental e produtividade foram abordados.
A plateia cheia (formada por mais de 300 pessoas de diversos países, entre estudantes, representantes de institutos, empresas, organizações e embaixadores) se mostrava muito interessada e participativa, assim como as delegates (meninas representantes), que sempre tinham muitas perguntas prontas para fazer a um dos palestrantes.
Um dos pontos altos do evento foi a palestra de Hannah Godefa, que com apenas 16 anos já é Embaixadora do UNICEF na Etiópia e envolvida em inúmeros projetos sociais. “Nunca devemos nos intimidar pela nossa idade. Precisamos ter confiança, e agir localmente”, disse, inspirando à todos que ali estavam.
Porém, apesar de tantas presenças femininas, um painel especial chamado “Engaging Man: Male Champions of Change” (Engajando Homens: Campeões maculinos da mudança) também foi apresentado, contando com quatro diferentes perfis de homens (entre eles um militar) que contaram suas histórias e defenderam a igualdade de gêneros.  Afinal, como bem enfatizou Farah Mohamed, criadora do Girls 20, “Você não pode empoderar as mulheres tirando o poder dos homens.”
As meninas escreveram, no fim do programa, um documento (“communiqué”, que foi entregue ao Primeiro Ministro da Austrália) dando aos líderes do G20 sugestões de melhorias nas áreas prioritárias. Cada representante também terá que se dedicar à implantar um projeto social novo em sua comunidade na volta para casa.


Pré-Summit
Antes do Girls 20 Summit acontecer, as 23 representantes chegaram com uma semana de antecedência à Sydney, para uma programação especial oferecida pelo comitê do programa.
Com a agenda lotada, as delegates tiveram workshops e palestras sobre diversos assuntos, como Liderança, Comunicação, Finanças e Solução de Problemas, ministrados por profissionais reconhecidos nas áreas. A preparação foi geral: as meninas também tiveram um workshop no qual tiveram que contar suas histórias de vida, e lembrar de quem as influenciaram a lutar por seus ideais e chegar aonde chegaram.
Além disso, visitaram empresas, institutos, ONGs femininas, a Universidade de Tecnologia de Sydney e o Google. “É incrível a preparação geral que o Girls nos oferece. Ter a oportunidade de aprender tantas coisas diferentes, de uma perspectiva tão profissional é uma chance única!”, disse Fernanda Lagoeiro, representante brasileira.

Mas, claro, as meninas também tiveram a oportunidade de conhecer a Australia e sua cultura. Visitaram os principais pontos turísticos (Opera House, Harbour Bridge, Taranga Zoo etc) e criaram um vínculo de amizade muito forte, que era claramente visto durante as atividades. “Uma das melhores partes do Summit é essa: as amizades que fazemos. Mesmo em tão pouco tempo, a convivência é intensa, e não há choque cultural que minimize isso. É muito bom saber as histórias de vida das meninas, o quanto elas são batalhadoras e merecedoras de tudo isso; e é muito bom aprender com elas e suas culturas e saber que, independente de onde você vem, algumas coisas funcionam exatamente da mesma forma, e que estamos todas lutando por um mesmo ideal. Ganhei melhores amigas ao redor do mundo!”, completa Fernanda.

por Fernanda Lagoeiro, que participou do evento como representante do Brasil

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