Girls 20 - relato

17:39:00 Adriana Lara 3 Comments

No dia 21 de agosto, tive a oportunidade e honra de participar do Girls 20 Summit, evento que reúne jovens mulheres líderes, com o propósito de dar mais espaço e poder à mulher na sociedade; engajando-a economicamente. Uma oportunidade de uma ONG que influencia jovens mulheres à atuarem como agente transformador no processo de desenvolvimento econômico e social do país, já que representam a maior parte da população. Realizado uma vez por ano pela ONG canadense Girls20, o congresso reúne representantes com idade entre 18 e 20 anos dos países que formam o G20, grupo de países em crescente desenvolvimento, e, em 2014, fui selecionada  para representar o Brasil nesse grande evento.
O processo seletivo foi realizado através do envio de um vídeo sobre o projeto para empoderar/melhorar a situação da mulher em nossa sociedade; superação de obstáculos e desafios.



Questões que focavam liderança, conquistas pessoais, e habilidade de encontrar soluções inovadoras para os desafios econômicos nas comunidades e respectivos países foram a base para a seleção. Ser selecionada foi o acontecimento pelo qual fico mais feliz de ter alcançado em toda a minha vida até agora!
Neste ano, o encontro aconteceu na Austrália, entre 21 e 27 de agosto (incluindo Summit e Pré-Summit). Há todo um investimento e preparação dessas jovens líderes, incluindo workshops e palestras (Pré-Summit) sobre diversos assuntos, como Finanças, Liderança, Carreira etc, para então haver o congresso em si, e um debate sobre novas ideias para o aumento da participação da mulher em questões como economia, educação, empreendedorismo, entre outros temas. Conhecemos grandes empresas de tecnologia (Google), institutos, líderes engajados, representantes governamentais, Embaixadores, e pudemos entender como funciona o papel de líder social e como fazer uma mudança local e global significativas envolvendo questões como saúde, sustentabilidade, tecnologia e desenvolvimento social). O final das atividades foi marcado pela elaboração de um documento (communiqué), elaborado por nós, representantes de cada país, contendo sugestões aos líderes dos países do G20 para questões de igualdade de gênero, desenvolvimento social, sustentabilidade, saúde mental, infraestrutura e emprego.

Quando me inscrevi não imaginava tamanha realização e projeção do programa! Ganhei mais confiança para falar sobre diversos assuntos, pude discutir inovações e problemáticas da mulher no mercado de trabalho no Brasil e mostrar um outro lado do nosso país (diminuindo os esteriótipos), além de desenvolver e compartilhar novas ideias com as outras representantes; hoje vejo que não é impossível conseguir resultados globais sem começar com os locais.
Além do reconhecimento, de toda a dedicação e envolvimento com o Girls 20 Summit, vejo que esse é um importante passo na minha vida. Tinha sonhos (e ainda tenho!) e agora, mais do que nunca, sinto que posso colocá-los em prática. Sinto que tenho confiança e potencial para alcançar tudo o que almejo, e que posso ter a minha voz ouvida.
Já havia sido finalista do programa Jovens Embaixadores antes e participante do English Immersion Program, ambos da Embaixada dos Estados Unidos (em 2011 e 2012) e monitora da versão americana no Brasil em 2013, e foram experiencias importantes pra essa conquista, pois tanto o processo seletivo quanto a realização dos programas foi totalmente em língua inglesa.

Mas com certeza o Girls não foi apenas uma viagem à Austrália,foi uma experiência enriquecedora; fui a representante brasileira participante de um evento que te dá a chance de contribuir com o país, com a comunidade e até com o mundo, na tentativa de encontrar soluções em conjunto para os mais diversos problemas, além da possibilidade de conhecer culturas diferentes. Jamais imaginei ter uma responsabilidade como essa, e isso me fez aprender muito e amadurecer. As histórias de vida das meninas eram surpreendentes, de todas as formas! Me lembro de algumas delas que não tinham o costume de falar sobre isso, ou mesmo de se expressar, conversarem comigo e chorarem me contando suas histórias de vida. Momentos de companheirismo como esses ficam guardados para sempre, assim como cada amizade e cada risada (e olha que foram muitas)! Foi tudo muito intenso, mesmo em pouco tempo. Fico muito feliz e honrada de ter conhecido meninas tão incríveis e engajadas, que mesmo com sofrimentos e frustrações ao longo da vida conseguiram dar a volta por cima e pensar em melhorar o mundo para a sociedade.



O conhecimento que adquiri (de maneira geral) com essa experiência de vida, e mesmo os workshops em poucos dias, é um conhecimento que ninguém tira de mim, e que não poderia ser dado por nenhum professor com graduação em Yale e mestrado em Harvard.
Conhecer outros países e levar a minha cultura à eles era um sonho de vida, uma coisa que realmente queria desde os meus 14 anos. Mas dessa forma foi mais que o esperado! Sem dúvida, além de todos os benefícios citados, esse encontro foi muito importante também para a minha formação profissional.

Pensando no futuro, acredito que essa experiência vai contribuir muito para alcançar meus objetivos, além já estar me ajudando como futura correspondente internacional, me fazendo me conhecer melhor e percebendo que todos temos potencial para melhorar o mundo.

3 comentários:

  1. As mulheres precisam ainda conseguir os seus objetivos, parabéns para a ONG.
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  2. Projeto bacana. Fico feliz em ver que a cada dia as ONGs ganham mais espaço e ajudam mais pessoas =)

    http://meus-sonhos-meus-pesadelos.blogspot.com.br

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  3. Cada vez mais as mulheres conquistam o seu espaço no mercado de trabalho e nas suas realizações em geral! Precisamos muito desta força para que cada vez mais mulheres reconheçam a sua força interior e conquistem todos os seus desejos!

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