Mais uma estrela de Estrela
Altemir Hausmann - De mala pronta. Destino: África
Reprodução da matéria do jornal O informativo do Vale, de 29/05
Na próxima quarta-feira, o estrelense Altemir Hausmann embarca para mais uma das tantas viagens que ele, como assistente de arbitragem, faz ao longo do ano. Mas essa será especial. Terá como destino o país que já atraiu os olhares do mundo e virará foco de vez a partir do dia 11 de junho: a África do Sul. Na mala, nenhum apetrecho de quem vai a turismo, e sim um par de chuteiras, a bandeirinha e outros tradicionais materiais que ele usa no trabalho em campo. Vai com o sonho de bem representar seu povo e, quem sabe, fazer história, como estar na partida de abertura da Copa do Mundo de 2010. E na final? Essa já é outra história.
Hausmann compõe, com o também auxiliar Roberto Braatz-PR e com o árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon, o trio de arbitragem brasileiro no torneio. As expectativas ainda são um tanto distintas. “Estou feliz, é claro, mas também um pouco receoso quanto a qual ambiente vou encontrar lá. É óbvio que será festivo, mas tenho medo de que me depare também com a realidade de um povo muito sofrido”, destaca. Como sempre, Hausmann logo coloca na mala a sua Bíblia e as fotos dos filhos Arthur (5) e Gustavo (11). Porém, desta vez, o livro sagrado e os retratos dividirão espaço com objetos exclusivos. “Como ficaremos muito isolados, a Fifa pediu que cada trio levasse um vídeo, uma comida, uma bebida típica de seus país, para promover melhor entrosamento com os outros representantes. Apesar de o Braatz ser paranaense, combinamos e vamos levar uma pilcha, um CD de samba, feijão e, como bebida - que não pode ser alcoólica, o chimarrão.” E tem mais. “Levarei muitos desenhos que as crianças de Estrela fizeram. Lá, vou entregá-los para os jovens africanos e, assim, quem sabe, promover um intercâmbio de experiências entre os pequenos”, planeja.
Final
Ansiedade ele ainda não teve tempo de sentir. “Quase não parei. Em uma semana, foram três viagens. Não deu ainda para pensar em toda a responsabilidade que levarei comigo.” Quando questionado se gostaria de apitar a decisão, mas lembrado que isso significaria o Brasil estar fora da final, Hausmann é direto. “Se eu fizer bem o meu papel num primeiro jogo, vou conquistar a escala para um segundo, e assim por diante. O mesmo vai ocorrer com o Brasil, em caso de boas atuações, vitórias. Então, que cada um faça a sua parte. Pensando bem, sem dúvida, adoraria estar na partida de abertura, naquela festa toda, e na presença de Mandela”, diz, mostrando ser admirador do líder africano, que, segundo leu numa revista, até já foi auxiliar, assim como ele, quando mais jovem. Sobre os favoritos ao título, afirma. “Isso é como Gre-Nal. É muito difícil apontar um vencedor.” Em relação aos confrontos que devem ser os mais complicados de apitar é mais direto. “Os da Espanha e da Argentina, que têm atletas mais experientes, e das seleções africanas, que possuem um estilo de chegada mais forte, mas que não chega a ser desleal.”
Os filhos, curiosos, rondam o pai, enquanto ele segue arrumando a mala. “Eles gostam mais quando a mala é aberta na volta, pois sempre ficam na expectativa de que venha um presente”, avisa a esposa Roselaine. Mas quem ganhou o presente, desta vez, foi o assistente. A esposa e os filhos não se aguentaram. Enquanto ele, distraído, conferia mais alguns utensílios, inclusive um álbum da Copa para o qual calcula conseguir lá mais alguns cromos, os três sumiram. Quando voltaram ao quarto, surpresa: vestiam uma camiseta com a foto do ídolo da casa e com os dizeres: “Sou + Altemir. Copa do Mundo 2010”.
Reprodução da matéria do jornal O informativo do Vale, de 29/05
Na próxima quarta-feira, o estrelense Altemir Hausmann embarca para mais uma das tantas viagens que ele, como assistente de arbitragem, faz ao longo do ano. Mas essa será especial. Terá como destino o país que já atraiu os olhares do mundo e virará foco de vez a partir do dia 11 de junho: a África do Sul. Na mala, nenhum apetrecho de quem vai a turismo, e sim um par de chuteiras, a bandeirinha e outros tradicionais materiais que ele usa no trabalho em campo. Vai com o sonho de bem representar seu povo e, quem sabe, fazer história, como estar na partida de abertura da Copa do Mundo de 2010. E na final? Essa já é outra história.
Hausmann compõe, com o também auxiliar Roberto Braatz-PR e com o árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon, o trio de arbitragem brasileiro no torneio. As expectativas ainda são um tanto distintas. “Estou feliz, é claro, mas também um pouco receoso quanto a qual ambiente vou encontrar lá. É óbvio que será festivo, mas tenho medo de que me depare também com a realidade de um povo muito sofrido”, destaca. Como sempre, Hausmann logo coloca na mala a sua Bíblia e as fotos dos filhos Arthur (5) e Gustavo (11). Porém, desta vez, o livro sagrado e os retratos dividirão espaço com objetos exclusivos. “Como ficaremos muito isolados, a Fifa pediu que cada trio levasse um vídeo, uma comida, uma bebida típica de seus país, para promover melhor entrosamento com os outros representantes. Apesar de o Braatz ser paranaense, combinamos e vamos levar uma pilcha, um CD de samba, feijão e, como bebida - que não pode ser alcoólica, o chimarrão.” E tem mais. “Levarei muitos desenhos que as crianças de Estrela fizeram. Lá, vou entregá-los para os jovens africanos e, assim, quem sabe, promover um intercâmbio de experiências entre os pequenos”, planeja.
Final
Ansiedade ele ainda não teve tempo de sentir. “Quase não parei. Em uma semana, foram três viagens. Não deu ainda para pensar em toda a responsabilidade que levarei comigo.” Quando questionado se gostaria de apitar a decisão, mas lembrado que isso significaria o Brasil estar fora da final, Hausmann é direto. “Se eu fizer bem o meu papel num primeiro jogo, vou conquistar a escala para um segundo, e assim por diante. O mesmo vai ocorrer com o Brasil, em caso de boas atuações, vitórias. Então, que cada um faça a sua parte. Pensando bem, sem dúvida, adoraria estar na partida de abertura, naquela festa toda, e na presença de Mandela”, diz, mostrando ser admirador do líder africano, que, segundo leu numa revista, até já foi auxiliar, assim como ele, quando mais jovem. Sobre os favoritos ao título, afirma. “Isso é como Gre-Nal. É muito difícil apontar um vencedor.” Em relação aos confrontos que devem ser os mais complicados de apitar é mais direto. “Os da Espanha e da Argentina, que têm atletas mais experientes, e das seleções africanas, que possuem um estilo de chegada mais forte, mas que não chega a ser desleal.”
Os filhos, curiosos, rondam o pai, enquanto ele segue arrumando a mala. “Eles gostam mais quando a mala é aberta na volta, pois sempre ficam na expectativa de que venha um presente”, avisa a esposa Roselaine. Mas quem ganhou o presente, desta vez, foi o assistente. A esposa e os filhos não se aguentaram. Enquanto ele, distraído, conferia mais alguns utensílios, inclusive um álbum da Copa para o qual calcula conseguir lá mais alguns cromos, os três sumiram. Quando voltaram ao quarto, surpresa: vestiam uma camiseta com a foto do ídolo da casa e com os dizeres: “Sou + Altemir. Copa do Mundo 2010”.
Boa viagem. O Vale do Taquari vai junto!
Rodrigo Angeli
rodrigo@informativo.com.br
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rodrigo@informativo.com.br
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